Platyhelminthes


Os Platelmintos

São chamados de platelmintos os vermes pertencentes ao filo platyhelminthes que surgiram há mais ou menos 600 milhões de anos na superfície terrestre. Este grupo numeroso, que contém mais de 15 mil espécies, precisa de umidade para viver, por isso os encontramos em oceanos, rios, lagos e ambientes terrestres úmidos, e boa parte de seus integrantes é parasita (como as tênias e os esquitossomos). Eles têm esse nome por serem conhecidos como vermes achatados, já que seu corpo é achatado dorsoventralmente.
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Platelmintos. Imagem retirada de <https://mgmreproductivesystem.weebly.com/platyhelminthes.html>.


Quanto às suas características, eles são triblásticos, ou seja, possuem três folhetos embrionários (endoderme, mesoderme e ectoderme). Possuem tecidos diferenciados mas não sistema respiratório, já que seu corpo achatado possibilita as trocas gasosas com as células do interior. Estes animais possuem músculos lisos que favorecem a sua locomoção, e algumas espécies possuem cílios também. A musculatura forma com a pele uma unidade funcional chamada túbulo músculo-dermático.

São protostômios, formando apenas a boca, que terá o papel de canal de entrada e saída de resíduos e alimentos - assim, seu sistema digestório é incompleto e a digestão é feita de forma intra e extracelular e por difusão o alimento chega às células. Pela primeira vez aparece uma faringe atrelada à boca. A sua cavidade digestória também realiza o transporte de oxigênio, sendo considerada, então, uma cavidade gastrovascular.


A simetria bilateral aparece pela primeira vez neste filo, podendo ser considerada uma apomorfia. Seu sistema nervoso constitui-se de um par de gânglios cerebrais que dão origem a cordões nervosos longitudinais. Destes cordões surgem nervos que se espalham para o resto do corpo. Este filo apresenta, também, o que posteriormente evoluiria para ser o olho dos filos mais modernos, estrutura chamada de ocelo. Os ocelos apenas captam a direção e intensidade da luz, sem chegar a formar imagens. 


A reprodução assexuada destes vermes consiste em uma divisão (como o estrangulamento ou o corte) seguida de uma regeneração (o animal crescerá de novo). Há também como se reproduzir sexuadamente. Aqueles platelmintos que são hermafroditas, chamados de monoicos, conseguem fazer a autofecundação (seus espermatozoides fecundam os seus próprios óvulos) e fecundação cruzada (o óvulo de um é fecundado pelo espermatozoide do outro). Existem espécies que possuem seus sexos separados, chamadas de dioicas, e podem somente realizar a cruzada. Após o surgimento do zigoto, a fecundação deverá ser interna, e pode passar pela fase de larva (indireta) ou não (direta).

Como dito anteriormente, os platelmintos podem parasitar outros seres vivos, e assim causar doenças. Algumas delas são: teníase, causada pela tênia, e esquistossomose, causada pelo esquitossomo.

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